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Oito em cada dez créditos automóvel passa por intermediários

À exceção do período da pandemia de covid-19, os novos montantes contratados têm crescido em todas as finalidades do crédito a consumidores. Contudo, o segmento auto tem sido a categoria com maior taxa de crescimento homólogo desde setembro de 2023.

Martin Meissner/AP
11:00

Há cada vez mais crédito a ser concedido para comprar ou alugar carro a longo prazo. Só em outubro foram celebrados 21.190 contratos, que totalizaram 335,7 milhões de euros, sendo que a maior fatia foi para veículos usados. A grande maioria – oito em cada dez – passa por intermediários de crédito.

Dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal indicam que, no mês passado, foram celebrados 157 mil novos contratos de crédito aos consumidores, no montante total de 855 milhões de euros. O crédito renovável é a categoria mais relevante no número de contratos: representa, em média, 58% do número total de novos contratos por mês. No entanto, é a menos relevante em termos de montante, tendo sido concedidos 135 milhões de euros no mês passado.

Já na categoria de crédito pessoal foram 384,3 milhões de euros, acima dos 335,7 milhões de euros para o crédito automóvel – a categoria que cresce a um ritmo mais elevado. Em outubro, a taxa de variação homóloga anual (TVHA) fixou-se em 14,2%.

“Isto significa que o montante de novos contratos celebrados nos 12 meses terminados no final daquele mês (de novembro de 2024 a outubro de 2025) foi 14,2% superior ao valor de novos contratos celebrados nos 12 meses terminados em outubro de 2024”, clarifica o Banco de Portugal. O crédito pessoal apresentava uma taxa de variação homóloga anual de 12,0% e .

“Com exceção do período da pandemia de covid-19, os novos montantes contratados têm crescido em todas as finalidades. O crédito automóvel tem sido a categoria de crédito com maior TVHA desde setembro de 2023”, indica o relatório do supervisor.

Taxa de variação homóloga do montante acumulado nos créditos pessoal, automóvel e renovável Banco de Portugal

No crédito automóvel, os intermediários de crédito têm um peso particularmente elevado ao longo de todo o período da análise divulgada esta quarta-feira e que remonta a 2019. A contratação através destes intermediários representou mais de 80% do montante de crédito automóvel e, em outubro, totalizava 82%.

Já no crédito pessoal e no crédito renovável, a contratação direta continua a ser predominante: representou 81% e 54% do montante de novos contratos. Ainda assim, a relevância dos intermediários de crédito aumentou no último ano, segundo o BdP.

O crédito automóvel é ainda a categoria de crédito com montante mediano mais elevado. Em outubro, em metade dos novos contratos, o valor contratado foi igual ou superior a 14.400 euros. Já no crédito renovável, em pelo menos metade dos novos contratos, o montante contratado – ou seja, o limite máximo do “plafond” – foi até 1.000 euros, situação que praticamente não se alterou ao longo de toda a série.

Em outubro, o stock de crédito aos consumidores abrangia 6,3 milhões de contratos vivos, num montante total de 23,7 mil milhões de euros. A maioria destes contratos correspondia a crédito renovável (3,7 milhões de contratos), embora esta modalidade representasse apenas 17% do montante total de crédito vivo (4 mil milhões de euros).

Crédito automóvel usa intermediários: 80% dos novos contratos Banco de Portugal
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