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Empresas encaram a sustentabilidade como oportunidade comercial

Inquérito do HSBC mostra que a transição climática está no centro das decisões estratégicas e que, para a esmagadora maioria dos gestores, a transição será essencial para garantir a sobrevivência dos negócios.

12 de Dezembro de 2025 às 20:30
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De acordo com o HSBC Sustainability Pulse Survey 2025, 99% dos líderes empresariais consideram que a transição climática será determinante para a vantagem competitiva das organizações nos próximos três anos, e 95% encaram-na já como uma oportunidade comercial concreta.

O , que ouviu mais de 1600 gestores e 500 investidores em 12 mercados globais, aponta para uma mudança estrutural que mostra que a sustentabilidade é hoje encarada como um pilar de criação de valor e resiliência a longo prazo. Para 72% das empresas, a transição climática será “muito importante” para garantir a sobrevivência do negócio num contexto económico volátil.

Esta nova visão é partilhada pelos investidores, com cerca de 79% a identificarem uma correlação positiva entre práticas sustentáveis e desempenho financeiro de longo prazo, enquanto 96% acreditam que as questões climáticas e ambientais serão centrais nas suas estratégias de investimento dentro de três anos. O alinhamento entre o capital e a estratégia corporativa começa também a refletir-se no investimento, consideram os autores, que indicam que a percentagem de empresas que alocam mais de 10% do CAPEX a iniciativas de transição deverá duplicar, de 14% para 29%, até 2028.

Nove em cada dez empresas já estão a integrar tecnologias climáticas nas suas operações, desde eficiência energética a ferramentas de dados e monitorização ambiental. Ainda assim, persistem obstáculos relevantes sobretudo financeiros e 88% das empresas apontam custos elevados, incerteza no retorno do investimento e limitações no acesso a financiamento como os principais entraves à adoção em escala.

O relatório aponta que mercados asiáticos como Indonésia, Singapura e Índia lideram em ambição e aceleração das estratégias climáticas, enquanto setores intensivos em emissões, como o da energia, dos transportes ou da indústria, aumentam significativamente o esforço financeiro para cumprir metas ambientais. Em paralelo, cresce a importância da inteligência artificial, considerada por mais de metade das empresas inquiridas como “extremamente importante” para atingir objetivos climáticos.

“Hoje, a estratégia de sustentabilidade tornou-se estratégia de negócio”, aponta Natalie Blyth, do HSBC, que considera que o tema hoje “define a criação de valor, a vantagem competitiva e a gestão de risco”.

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