IMF – EDP soma 25% este ano e negoceia em máximos de 2008

EDP segue a somar 25% este ano e negoceia em máximos de 2008; Eur/Usd fechou a semana no suporte dos $1.1080; Apetite pelo risco levou o petróleo a encerrar a semana em máximos de três meses; O ouro recupera ligeiramente com perspetivas de Brexit desordenado.
IMF - Informação de Mercados Financeiros 23 de Dezembro de 2019 às 11:15

EDP segue a somar 25% este ano e negoceia em máximos de 2008

Os títulos da EDP seguem a somar em torno de 25% este ano, devendo fechar o ano em máximos de junho de 2008. Recentemente, a elétrica anunciou que vendeu seis barragens hídricas em Portugal a um consórcio liderado pela Engie num negócio avaliado em €2.210 mil milhões. Além disso, António Mexia, revelou à agência Lusa que a EDP está a preparar um projeto de produção e armazenamento de hidrogénio na Central Termoelétrica do Ribatejo. A continuar o fluxo de notícias positivas, o Société Général (SocGen) reviu em alta a sua recomendação aos títulos da cotada nacional de "manter" para "comprar", com um preço-alvo de €4.10/ação.

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Tecnicamente, a EDP segue em máximos de 2008 e a testar o limite superior do canal ascendente. Tendo em conta os níveis oversold e o MACD, que aparenta inverter o sinal de compra em breve, prevê-se uma correção em baixa no curto-prazo, mantendo-se a perspetiva de alta para o médio-prazo.

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Eur/Usd fechou a semana no suporte dos $1.1070-80.

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O Eur/Usd testou máximos de agosto deste ano ao subir aos $1.12, no entanto, acabou por perder o ímpeto e recuar para níveis abaixo dos $1.11. Apesar de os fortes dados na Alemanha, o recente aumento das incertezas sobre o Brexit acabou por pesar sobre o euro e o otimismo em torno da guerra comercial acabou por trazer alguma robustez ao dólar. Adicionalmente, vários membros da Fed deram perspetivas positivas para o futuro da economia norte-americana, o que levou ao mercado a descontar uma probabilidade menor de um corte para o curto-prazo. Por outro lado, o facto do Impeachment do Trump ter sido aprovado na Câmara dos Representantes não pesou de forma ampla sobre o dólar.

Tecnicamente, o par encontrou vulnerabilidades ao subir aos 100% de retração de fibonacci, e acabou por recuar para os 50% de retração, suporte dos $1.1070-80. O MACD está a inverter o sinal e caso o par não encontre suporte nestes níveis, poderá ser registada uma queda até aos $1.10.

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Apetite pelo risco levou o petróleo a encerrar a semana em máximos de três meses

Os preços do petróleo encerraram em alta pela terceira semana consecutiva, tendo o barril de crude atingido níveis acima dos $61. A matéria-prima foi impulsionada pelo aumento do apetite pelo risco derivado do otimismo sobre a vertente comercial EUA-China. O Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que o acordo da fase 1 já está totalmente finalizado, faltando apenas alguns detalhes, e que deverá ser assinado já em janeiro. Destaque ainda para a JP Morgan e Goldman Sachs que reviram em alta as projeções para os preços do ouro-negro, devido, em grande parte, à extensão de cortes de produção por parte da OPEP e dos seus aliados, liderados pela Rússia. Os preços da matéria-prima foram ainda suportados pela queda de 1.085 milhões de barris dos inventários de crude dos EUA.

O crude segue com uma perspetiva bullish após ter quebrado em alta os 61.8% de retração de fibonacci. A matéria-prima aparenta estar a preparar um teste ao limite superior do canal ascendente, contudo, deverá ter dificuldade em quebrá-lo. Espera-se assim que corrija ligeiramente em baixa e que dê seguimento aos ganhos à medida que negoceia dentro do canal.

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IMF – EDP soma 25% este ano e negoceia em máximos de 2008

O ouro recupera ligeiramente com perspetivas de Brexit desordenado

O ouro continua com uma perspetiva relativamente bearish para o médio-prazo, à medida que a resolução da fase um do acordo comercial EUA-China traz algum otimismo ao mercado. No entanto, mais recentemente, a vitória de Boris Johnson trouxe novos receios, estando o mercado receoso sobre a possibilidade de um Brexit sem acordo, tendo a JP Morgan apontado para uma probabilidade de um Brexit sem acordo de 25%. No entanto, a robustez do dólar nesta semana acabou por pesar no desempenho do metal precioso.

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Tecnicamente, o metal-precioso segue a consolidar nos últimos dois meses, mas tem vindo a fazer mínimos relativos cada vez mais altos, estando neste momento a testar o limite superior do canal descendente. No entanto, os indicadores técnicos continuam a dar sinais neutrais. Na eventualidade de uma quebra do limite mencionado espera-se que o ouro volte a ter um tom de compra para o curto-prazo.

IMF – EDP soma 25% este ano e negoceia em máximos de 2008

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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