O 25 de Abril foi uma máquina do tempo para quem era um adolescente em 1974. Foi a sensação com que ficaram, pelo menos, aqueles que, à época, estudavam no Liceu Passos Manuel, em Lisboa (hoje Escola Básica e Secundária Passos Manuel). Eu era um miúdo e imediatamente deixei de o ser. Deixámos de ser miúdos aos 13 anos, recorda o político e jurista Manuel Monteiro, antigo presidente do CDS-PP, ex-eurodeputado e ex-deputado à Assembleia da República. Mantivemos no bilhete de identidade a idade adolescente, mas a vida fez-nos passar a jovens. Inevitavelmente tínhamos participação e intervenção política. À nossa volta tudo fervilhava de um lado ou de outro; era impensável não tomar partido.