A era do eu-mercadoria
De Larry Page a Mark Zuckerberg. Os heróis mediáticos. Que estão nos "tops". Que existem. "Estou no ranking, logo existo". Ora o mais rico da "Forbes", ora o mais procurado no Google, ora o mais popular no Facebook. Vivemos na era da mercantilização. Da obsessão pelos números. Do poder da quantificação.
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Os antagonismos não terminaram, defende o filósofo e psicanalista Carlo Strenger, autor do livro "O Medo da Insignificância - Como dar sentido às nossas vidas no século XXI" (Lua de Papel). E, mais do que qualquer outra coisa, o 11 de Setembro parece ter sido um sinal da necessidade humana de sentido e identidade, diz o filósofo, meio suíço, meio israelita. Intelectual activo em Telavive, Carlo Strenger integrou o painel da Federação Mundial de Cientistas que monitoriza o terrorismo. O psicanalista não acredita no multiculturalismo, nem gosta do politicamente correcto. Prefere a expressão "desdém civilizacional". É mais honesta.Do medo da insignificância num mundo globalizado. No mundo do "homo globalis". O capitalismo e a democracia não foram suficientes para sustentar existencialmente o ser humano. Francis Fukuyama estava errado. O século XX não terminou com a Queda do Muro de Berlim. Não trouxe o fim da história.
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