Alfredo Cunhal Sendim: “É urgente recuperar os ecossistemas”
Tinha oito anos quando a Revolução chegou à Herdade do Freixo do Meio, perto de Montemor-o-Novo. De repente, o avô latifundiário perdeu terras e títulos. A família foi para Espanha e desligou-se do campo. Nos anos 1990, após a reversão dos terrenos expropriados, Alfredo Cunhal Sendim regressou ao Freixo do Meio, onde ainda estava a Cooperativa Agrícola Cravo Vermelho. Cooperantes e antigos proprietários forjaram então um plano conjunto para trabalhar a terra.
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Alfredo Cunhal Sendim tinha oito anos quando a Revolução chegou à Herdade do Freixo do Meio, junto à aldeia dos Foros de Vale de Figueira, em Montemor-o-Novo. De repente, o avô latifundiário, primo distante do pai de Álvaro Cunhal, perdeu terras e títulos. A família foi para Espanha e desligou-se do campo. Nos anos 1990, após a reversão dos terrenos expropriados, Alfredo regressou com a mãe ao Freixo do Meio, onde ainda estava a Cooperativa Agrícola Cravo Vermelho. Cooperantes e antigos latifundiários forjaram um plano conjunto para trabalhar a terra. Nem tudo correu bem. O modelo de agricultura industrial não estava a funcionar. Decidiram retornar à prática do montado e hoje estão a apostar na chamada floresta estratificada de sucessão dinâmica, com o apoio do agricultor e investigador Ernst Götsch, o "pai da verdadeira revolução verde".
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