Domingos Fezas Vital: A Igreja é uma fonte privilegiada de informação
Representar o país na Santa Sé é diferente de qualquer outra missão diplomática. Domingos Fezas Vital, embaixador de Portugal no Vaticano, explica que ali se procura influenciar o “soft power” de quem tem a segunda maior rede diplomática no mundo, depois dos Estados Unidos, e uma capacidade de diálogo em todas as geografias. Portugal caiu nas boas graças do Papa Francisco. A prova, diz, são os quatro cardeais eleitores portugueses que escolheu e que estarão no Conclave, que começa a 7 de maio.
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O embaixador de Portugal no Vaticano acaba de chegar a Lisboa, depois do funeral do Papa Francisco. Representar o país na Santa Sé é diferente de qualquer outra missão diplomática, diz Domingos Fezas Vital. Ali, não se faz diplomacia económica, procura-se influenciar o "soft power" de quem tem a segunda maior rede diplomática no mundo, depois dos Estados Unidos, e uma capacidade de diálogo em todas as geografias. Os portugueses caíram nas boas graças de Francisco e isso reflete-se nos quatro cardeais eleitores que escolheu e que estarão no conclave que começa a 7 de maio. O novo Papa terá a braços uma crise económica grave no Vaticano, fruto de uma secularização da Europa e dos EUA, de onde provêm a maior parte dos fundos da Igreja. Mas herda outros dossiês "quentes", como os casos de pedofilia que envolvem sacerdotes e as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente.
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