Entre o salvador da pátria e o mito
No dia 7 de Outubro, o Brasil vai às urnas, naquelas que são as eleições presidenciais mais turbulentas, polarizadas e competitivas da história do país. De um lado está Bolsonaro, um “outsider” de extrema-direita com um discurso populista, hospitalizado depois de ter sido esfaqueado durante a campanha; do outro encontra-se Haddad, apadrinhado pelo ex-presidente da República mais popular do país, Lula da Silva, preso desde Abril.
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Perante o descrédito com a política, após a Operação Lava Jato, a estagnação da economia, o crescimento da violência urbana e o fenómeno das redes sociais, as eleições presidenciais brasileiras - cuja primeira volta será no próximo dia 7 de Outubro e a segunda no dia 28 do mesmo mês - ganham contornos de Fla-Flu (Flamengo versus Fluminense), de extrema-direita contra a esquerda, de votação movida a ódio, de "nós contra eles". Apesar de ainda estar indefinida, a disputa final deve acontecer entre Bolsonaro, um "outsider" de extrema-direita, que aparece como uma opção de renovação, um político sincero presente nas redes sociais e apologista da tortura; e Fernando Haddad, apadrinhado do popular ex-presidente Lula da Silva, preso desde Abril e que teve a sua candidatura barrada pela justiça eleitoral há um mês.
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