Este foi um ano de ouro para Marlene Vieira. Ganhou uma estrela Michelin, foi distinguida como melhor chef de 2025 nos prémios AURUM Europa e recebeu o Prémio Revelação Dona Antónia. A menina da Maia, que chegou a estar internada com anemia porque não gostava de comer, alcançou o pódio da alta cozinha. É casada com o chef João Cordeiro e juntos gerem cinco restaurantes e dão emprego a cerca de 100 pessoas. Não foi fácil chegar aqui, admite. Por isso, incentiva outras cozinheiras a não desistirem. Nos seus restaurantes, as mães escolhem o horário em que querem trabalhar e folgam aos fins de semana. Mas o seu sonho é fechar mesmo ao sábado e domingo para todos os empregados estarem com as famílias. Essa mudança vai ter de acontecer, garante. Já existem restaurantes que o fazem na Europa. Sendo apaixonada pela cozinha tradicional portuguesa, no Natal o bacalhau e o polvo não faltam na sua mesa. “Gosto da nostalgia, não fujo das emoções de chegar ao Natal”, diz.