O glamour partilhado
Uma exposição em Lisboa documenta o esplendor da alta-costura de José António Tenente, ao mesmo tempo que outra em Londres partilha a explosão criativa dos anos 80. É a moda a mostrar os argumentos para se elevar a bem de investimento.
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Quase poder tocar o esplendor provoca uma sensação extraordinária. Há primeiro a aproximação, lenta, cuidadosa e precisa, como se ainda duvidássemos da autorização para também nós podermos caminhar no palco onde brilham as estrelas. Em seguida, temos o contacto visual e toda aquela paisagem exuberante de corte e textura ilumina-nos e imaginamos como terá sido quando as peças rodaram nas ruas e nos lugares. Finalmente, há a contemplação e a descoberta dos pormenores de génio do criador, como ele molda tecido a uma forma, a uma fórmula de beleza e elegância que só está na sua mente. Duas exposições abertas quase em simultâneo, uma em Lisboa e outra em Londres, permitem-nos perceber porque é que a moda é hoje um investimento extremamente "quente" no mercado global dos bens de paixão. Em Lisboa, no Museu Nacional do Traje (Largo Júlio Castilho), José António Tenente revela 16 colecções antigas com a sua assinatura, que se interligam com os trajes dos séculos 18, 19 e 20 expostos.
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