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Philippe Claudel: “Vivemos na era da estupefação”

Já não somos apenas o homem inquieto, somos o homem siderado – o homem paralisado perante o estado do mundo. As palavras são do escritor francês Philippe Claudel, presidente da Academia Goncourt. E o que fazer com a perplexidade? Talvez possamos rir. Porque o riso é uma forma de poder contra a estupefação.
Lúcia Crespo e Luís Manuel Neves - Fotografia 11 de Julho de 2025 às 11:00

Depois da era do “homem revoltado” e do “homem engagé”, vivemos o tempo do homem inquieto. Diria até que já não somos apenas “l’homme inquiet”, mas sim “l’homme sidéré” - o homem paralisado perante o estado do mundo. As palavras são do escritor, cineasta e professor francês Philippe Claudel, presidente da Academia Goncourt. E o que fazer com a perplexidade? Talvez possamos rir. Porque o riso é uma forma de poder contra a estupefação: “castigat ridendo mores” (“corrige os costumes sorrindo”). Claudel é autor de obras como “O Barulho das Chaves”, “Almas Cinzentas”, “Les Petites Mécaniques” (Prémio Goncourt) e “O Relatório de Brodeck”, uma parábola sobre a guerra e a xenofobia. Nasceu e cresceu em Dombasle-sur-Meurthe, no nordeste de França, onde continua a viver. Deu aulas em hospitais e prisões: “Percebi muito cedo que devia ir ao encontro daqueles que não podiam vir até mim.” O Outro e os outros, que somos todos nós, estão muito presentes na sua vida e seus livros. O escritor esteve em Lisboa para a 3.ª edição do Choix Goncourt du Portugal, que este ano destacou o romance “Jacaranda”, do autor franco-ruandês Gaël Faye.

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