Ao longo das últimas décadas, a ideia vigente de que um corpo saudável equivale a um corpo magro conduziu a comportamentos que estigmatizam as pessoas cuja imagem e peso se afastam do padrão instituído. Não só é vulgarmente aceite que alguém com excesso de peso é, à partida, menos saudável do que alguém magro, como o próprio ambiente social lhe é hostil: dos lugares dos aviões ao espaçamento e dimensão das cadeiras em esplanadas, passando pelo vestuário, são várias as situações do quotidiano que lembram a quem tem peso a mais que está "fora da norma". Tudo isto, defende o movimento HAES (Health at Every Size), criou aquilo a que chama o "viés do peso", que condiciona a forma como estas pessoas são tratadas, tanto pela sociedade como pela comunidade médica.