Segredo e absolvição, a alma das amnistias
Tenha sido para regularizar fortunas escondidas ou para reabilitar fortunas adormecidas, em 2012 a amnistia fiscal bateu recordes de adesão. Num processo habitualmente mais elitista, regularizaram-se "milhões" e "milharzitos" de euros, revelando um País que também tem ricos pouco ilustres e alguns remediados com aventuras capitalistas internacionais. Daqui a dez anos não restarão vestígios das confissões
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Faltam apenas dois anos para que os registos de centenas de nomes e fortunas que em 2005 confessaram ter-se abrigado clandestinamente fora do País desapareçam de vez. Em 2015, no "Fort Knox" português será hora de limpar os arquivos informáticos e destruir os impressos que mantêm vivas as provas dos delitos fiscais de quem resolveu aderir à primeira amnistia fiscal lançada em Portugal. Daqui a dez anos, a história repete-se com os processos de quem aderiu à terceira edição do RERT (regime excepcional de regularização tributária), a mais concorrida de todas por causa dos sucessivos escândalos que detonaram no até aqui impenetrável sistema financeiro suíço.
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