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Um outro Algarve: de Aljezur a Alcoutim

Anabela Afonso nasceu em Bordeira, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, terra de acordeonistas no concelho de Faro. É a comissária do 365 Algarve, programa cultural que complementa a oferta tradicional da região como destino turístico. De Aljezur a Alcoutim, mostra-nos um Algarve além praias-sol-e-mar, onde se festeja a batata-doce, o medronho e o litão. Onde se contam histórias sobre contrabando e onde há sessões de cinema mudo nas igrejas ou em antigas conserveiras.

Filipe Farinha
01 de Dezembro de 2018 às 11:00
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Nasceu na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, em Bordeira, terra fértil em acordeonistas, metida entre a serra e o mar algarvios, onde grupos de charolas percorrem as ruas nos primeiros dias do ano, antes de se juntarem na Sociedade Recreativa Bordeirense. São as Janeiras da terra - e chamam-se assim mesmo, Charolas. Foi neste Algarve que Anabela cresceu e é este Algarve que ela também quer mostrar. Um Algarve além praias-sol-e-mar, onde o turismo se mistura com a cultura. Este fim-de-semana, o Festival da Batata Doce de Aljezur recebe um baile culinário ao ritmo da nova Orquestra Vicentina e do quinteto Fogo-Fogo. Sons e sabores fundem-se no evento "Dancing", com direcção artística de Madalena Victorino e Giacomo Scalisi. Também há Jazz nas Adegas de Silves. Já no dia 15 de Dezembro, os músicos Júlio Resende e Salvador Sobral vão estar no Armazém Conserveira do Sul, em Olhão, a acompanhar o filme "O Homem dos Olhos Tortos" (1919), de Leitão de Barros e Luís Reis Santos. Mas há mais, neste Algarve fora de época alta.

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