Uma loja para a memória
Numa loja de Reguengos de Monsaraz, José Prata dedica-se, solitariamente, a tentar manter viva a memória do que somos. Recupera ferramentas agrícolas e dá-lhes uma dignidade que as torna em objectos desejáveis.
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Cada pedaço de terra, cada árvore ou flor, cada objecto útil, decorativo ou artístico conta uma história, e é uma ligação a todo um passado que merece investigação e preservação. Não é assim que acontece nos nossos lados. Deixaram de caber em qualquer inventário os casos em que o património é, antes de tudo o mais, ignorado, e depois, perdido ou abandonado. Neste campo, causa-me especial perturbação o desprezo pelo património utilitário agrícola e industrial. Foi através destes instrumentos e máquinas que foi construído o nosso país, e a nossa economia. Cada ferramenta tem uma história individual, familiar e comunitária para contar. Nada disto parece ser importante, já que o património desaparece, não é conservado.
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