Meu caro, venho pela presente informar-te de que a Madeira já não é um Jardim, nem é do Jardim. Ao fim de 37 anos, esta é uma separação dolorosa. Os jornalistas perderam alguém sempre disposto a dizer uma laracha, a lançar um impropério ou a verbalizar um insulto, modalidades de comunicação através das quais garantia um espaço generoso nos jornais, nas rádios e nas televisões. O Jardim, por sua vez, perdeu a possibilidade de destratar os seus críticos pelas melhores razões, ou seja, por tudo e por nada.