Quando, na passagem de sábado para domingo, Islam Chipsy subir ao palco, Barcelos tornar-se-á o Egipto. Não o Egipto dos postais, não o Egipto que supomos conhecer: o que veremos é um homem a transformar as tradições musicais do seu país em coisa nova, violenta, bela. Atrás de um teclado, Islam Chipsy "explode os limites" (palavras dele) da música árabe, quase percutindo o instrumento, abrindo espirais de violência e ruído. De repente, o Egipto dos postais é outra coisa: um videojogo estranhíssimo, uma sessão de pancadaria sintética, uma rave sem fim.