Há um novo branco em Portugal
Se o leitor procura o vinho de uma casta que nunca cheirou, experimente o Samarrinho da Real Companhia Velha. É uma variedade do Douro. Era desconhecida e vai dar muito que falar.
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Empresa privada e fundada há 258 anos pelo Marquês de Pombal, a Real Companhia Velha (RCV) é governada por um quarteto curioso. Cerebral, reflexivo e cordato como só um homem do negócio do vinho do Douro sabe ser, Pedro Silva Reis desenha a estratégia e distribui tarefas; no marketing, o filho Pedro Silva Reis Júnior anda pelo país a falar dos vinhos da RCV com devoção religiosa; Jorge Moreira, sempre com ar sereno e descontraído, é o alquimista da casa que transforma milhões de toneladas de uva por vindima; e o músico Álvaro Martinho cuida das vinhas enquanto inventa histórias sobre a origem do Douro e do Vinho do Porto. Volta e meia, este quarteto desce do Douro para apresentar peças novas. Peças raras. Para os críticos que passam os dias de volta das castas do costume, esses dias são dias de festa. E foi o que aconteceu na semana passada com o lançamento do Samarrinho 2013, do Arinto 2012 e do Rufete 2010, vinhos integrados no projecto Séries. Os dois primeiros são novidades, o terceiro é uma reedição, mas os focos projectaram-se intensamente sobre o Samarrinho. É um branco que vai dar conversa, pelo menos entre os sortudos que conseguirem apropriar-se de 858 garrafas. Pois, por enquanto não há vinha para mais.
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