É altura de entrar para o ensino superior, mas há um problema: os gastos inerentes ao prosseguimento dos estudos. Para quem não pode fazer frente ao orçamento para propinas, material e alojamento, há bolsas e apoios públicos que ajudam a tornar esta etapa mais acessível, tendo como objetivo garantir que ninguém fica de fora por falta de rendimentos.

A bolsa de estudo da DGES é a principal em Portugal e destina-se a todos os estudantes do ensino superior público ou privado que não tenham recursos económicos suficientes para suportar os encargos com os estudos (e cujos rendimentos familiares se encontram abaixo de um determinado limiar estipulado pela DGES). A candidatura deve ser feita entre 25 de junho e 30 de setembro e exige comprovativo de IRS. Além do apoio financeiro para as propinas, há um apoio para o custo de vida. E caso o aluno esteja deslocado (estude fora da sua área de residência), pode ainda pedir um complemento para alojamento, que visa apoiar os gastos com a residência de estudantes ou com alojamento – caso não consiga vaga em residência. Por fim, há, ainda, um complemento de deslocação (num máximo anual de 250 euros).  As candidaturas devem ser feitas na plataforma BeOn, da DGES, ou aqui.

Dentro da mobilidade interna, é ainda possível integrar o Programa +Superior, que se destina a incentivar e apoiar a frequência do ensino superior em regiões do país com menor procura e menor pressão demográfica por estudantes economicamente carenciados que residem habitualmente noutras regiões. São várias as instituições abrangidas, desde o Instituto Politécnico de Bragança à Universidade do Algarve, passando pela Universidade dos Açores. A lista pode ser consultada no portal da DGES e as candidaturas devem ser feitas na plataforma Be On.

Há, ainda, as bolsas por mérito, atribuídas pelos estabelecimentos de ensino superior público e privado aos estudantes com aproveitamento excecional, independentemente dos seus rendimentos (com média igual ou superior a 16 valores, com aprovação a todas as disciplinas no ano anterior). E, por fim, há várias bolsas atribuídas por câmaras municipais, empresas e fundações (como a Fundação Luso-Americana, a Calouste Gulbenkian, o Millennium BCP e o Santander). Universidades privadas, como a Universidade Católica Portuguesa, também têm o seu próprio programa de bolsas, com bolsas de mérito e sociais.