Álvaro Santos Pereira assume Banco de Portugal na próxima segunda-feira
Álvaro Santos Pereira assume na próxima segunda-feira, 6 de outubro, a liderança do Banco de Portugal, sucedendo a Mário Centeno no cargo de governador do banco central nacional. A nomeação oficial do ex-economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) deverá ser confirmada esta sexta-feira em Conselho de Ministros.
A tomada de posse ocorre na véspera da apresentação do boletim económico do supervisor, um documento onde deverão constar as previsões macroeconómicas ainda da equipa liderada por Mário Centeno.
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A data da tomada de posse de Santos Pereira foi confirmada em nota de agenda do ministro das Finanças que intervém na cerimónia de apresentação pública do novo governador às 10:00 da próxima segunda-feira.
A escolha do antigo ministro da Economia do Governo de Pedro Passos Coelho foi anunciada pelo Executivo no final de julho e deverá ser agora concretizada por decisão do Conselho de Ministros depois de ter sido ouvido na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
Aos deputados, Álvaro Santos Pereira prometeu uma “independência feroz”, procurando afastar-se de Mário Centeno e da forma como o antigo ministro socialista liderou o banco central. No entanto, tal como o ainda governador, Santos Pereira não se coibiu de deixar alertas ao Governo, pedindo contenção das contas públicas e atenção ao problema da habitação.
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Em quase duas horas de audição parlamentar, Santos Pereira usou a palavra independência mais de 20 vezes. “Vou levar a independência ao limite”, prometeu, acrescentando que "a mim não me interessa quem está no Governo, o que eu quero é uma relação cordial com todos os governos, independentemente da cor política”.
Na audição, o futuro governador deixou ainda outro recado ao Governo de Luís Montenegro, pedindo uma “atenção especial à evolução do mercado imobiliário e do seu impacto na estabilidade financeira”.
“Nos últimos anos, os preços das casas em Portugal aumentaram de forma muito significativa, sobretudo devido a um grande desfasamento entre a oferta e a procura imobiliárias”, disse, sublinhando: “Portugal foi o país da OCDE onde os preços das casas mais aumentaram em relação ao rendimento disponível”.
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Notícia atualizada às 13:00 com mais informação
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