Católica estima que economia cresceu no segundo trimestre
O crescimento de 0,6% no segundo trimestre deste ano representa, ainda assim, uma contracção homóloga de 2,5% (em comparação com o mesmo trimestre de 2012). São números que comparam favoravelmente com os dados do primeiro trimestre deste ano, em que o PIB caiu 0,4%, em comparação com os três últimos meses do ano passado e 4% face ao período homólogo.
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A concretizar-se a estimativa do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, a economia nacional terá interrompido um período de dez trimestres consecutivos de quebra do PIB. Por outro lado, registará o décimo trimestre consecutivo de queda homóloga.
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O NECEP justifica estas previsões com a melhoria da actividade económica, que é extensiva à generalidade dos indicadores, com destaque para a actividade exportadora. “O consumo e o investimento apresentaram também sinais favoráveis, o que é um aspeto animador mas que deve ser interpretado ainda com bastante prudência”, pode ler-se no relatório.
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Já a taxa de desemprego ter-se-á mantido constante nos 17,7% registados no primeiro trimestre.
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Para 2013 e 2014, o NECEP mantém as suas previsões anteriores. O PIB deverá contrair 2,4% este ano, e 0,4% em 2014. A evolução da economia vai continuar muito dependente “da conjuntura externa e, em particular, da crise das dívidas soberanas na zona euro”. O Núcleo de Estudos da Universidade Católica considera ainda que a crise política nacional “veio acentuar significativamente os riscos negativos, ainda que as suas consequências concretas sejam difíceis de projetar em toda a sua extensão, até porque dependerão largamente da solução encontrada e do desempenho do ‘novo’ governo, designadamente na sua relação com os credores institucionais”.
O NECEP prevê também que serão inevitáveis esforços adicionais de redução do défice neste e no próximo ano. O organismo destaca a insuficiência do Orçamento Retificativo em matéria de medidas de consolidação das contas públicas, “o que aliado ao actual cenário político poderá conduzir a um défice claramente superior a 5,5% em 2013 e à necessidade de um esforço adicional de correção do desequilíbrio orçamental em 2014”.
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