Costa Silva desvaloriza "pequenos défices" para apostar em investimento público
O ex-ministro da Economia António Costa Silva não vê problema em pequenos défices orçamentais, defendendo que o Governo socialista anterior, de que fez parte, devia ter usado o excedente para negociar com professores e profissionais de saúde. Costa Silva defende que esse deve ser o propósito também para a frente.
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Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, no programa Conversa Capital, António Costa Silva lembra que foi crítico do "excessivo financeirismo na gestão da dívida pública" no anterior Governo - de que fez parte.
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O ex-ministro foi confrontado com o alerta do Conselho das Finanças Públicas (CFP) de que 2026 será o ano do regresso aos défices.
"Eu acho que fizemos um trabalho extraordinário em função do desempenho da economia e da gestão da dívida pública para as contas certas", começou por recordar António Costa Silva. No entanto, o economista defendeu que o anterior Governo, do qual fez parte, "podia ter usado alguma pequena parte do défice já no governo anterior para negociar com os professores, negociar com os profissionais de saúde e resolver estas questões" - em linha com o atual Governo.
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"Qual é o propósito de termos um excesso orçamental sine die? Um superávit como teve a Alemanha, que agora está numa situação difícil? Eu acho que temos que respeitar e equilibrar as contas públicas, mas também ver o que é que nós podemos salvaguardar em termos do investimento", defendeu.
"Ter um pequeno défice ou ter um pequeno excedente orçamental, para mim, não é o problema. Não podemos é deixar de disparar e deixar de exercer o controle nas contas públicas", defendeu.
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