Endividamento das famílias volta a aumentar em julho e atinge máximo de 17 anos
O endividamento das famílias portuguesas aumentou 1,1 mil milhões de euros em julho e atingiu um novo máximo histórico desde o início desta série de dados do Banco de Portugal (iniciada em dezembro de 2008). O valor representa uma subida de 7,19% face a igual período do ano passado. Segundo a informação divulgada nesta segunda-feira, a dívida dos particulares aumentou "essencialmente perante os bancos, por via do crédito à habitação".
Já nesta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística revelou que os preços das casas atingiram um novo máximo histórico, com uma subida anual de 17,2%.
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Destaque ainda para o endividamento das empresas privadas, que caiu 900 milhões de euros, explicando-se a queda pela amortização de títulos de dívida de longo prazo e que estavam na posse de não residentes (que representam um valor de 700 milhões de euros).
Já o setor público aumentou em mil milhões de euros a sua dívida, através do investimento feito por não residentes em dívida pública portuguesa de longo prazo (cerca de 500 milhões de euros), mas também pela subscrição de certificados de aforro por parte dos particulares (300 milhões de euros).
Em julho, o endividamento do setor financeiro (que inclui dados das administrações públicas, das empresas e dos particulares) avançou, no conjunto, 1,2 mil milhões de euros, para um total de 848,2 mil milhões. "Deste total, 469,1 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 379,1 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)", lê-se na nota estatística do BdP.
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