FMI: "Mercados parecem questionar o papel dos políticos" no crescimento da economia
Os mercados viveram um arranque de ano marcado por uma elevada volatilidade. Um sobe e desce constante que revela, na perspectiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), o nervosismo dos investidores. E traduz as dúvidas relativamente à capacidade de os políticos encontrarem uma solução para um crescimento sustentável das economias.
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"Os mercados financeiros parecem estar a questionar a capacidade dos políticos para darem uma resposta cabal aos recorrentes ataques disruptivos nos mercados e apresentarem uma solução para um crescimento sustentável das economias e para a estabilidade financeira. Esta apreensão resulta do excesso de dependência dos bancos centrais e da insuficiente capacidade de criação de reformas que dêem confiança", nota o FMI.
No "Global Financial Stability Report", o FMI diz que esta "crescente incerteza política" resulta dos conflitos geopolíticos, do terrorismo, das vagas de refugiados, entre outras que se não forem resolvidas "podem contagiar os mercados financeiros". O fundo dá especial destaque ao risco do Brexit que pode pesar nas perspectivas dos mercados.
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Na ausência de medidas adicionais que entreguem um mais balanceado mas potente "mix" de políticas, "episódios de turbulência nos mercados podem acontecer, pode haver um maior aperto nas condições de financiamento e haver uma erosão na confiança", algo que "poderá afectar seriamente a nossa perspectiva base e aumentar o risco de passagem para um cenário negativo de persistência de baixa inflação e estagnação económica", alerta o FMI.
É perante este cenário que, diz o fundo, os políticos têm um papel fundamental de delinearem um rumo para o crescimento sustentável. "É vital e urgente", refere. "Essas medidas irão dar resposta aos crescentes riscos negativos e abrir caminho para uma mais forte e balanceada recuperação que suportará o sistema financeiro", remata.
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