Medidas de apoio à economia são “insuficientes e inflexíveis”, diz AEP
As medidas de apoio à economia e ao emprego anunciadas esta sexta-feira pelo Governo são "insuficientes e inflexíveis", lamenta a Associação Empresarial de Portugal (AEP). A associação sublinha que "o reforço, alargamento e prolongamento das medidas são absolutamente necessários para compensar perdas, apoiar a liquidez das empresas e a retoma da economia, num contexto em que o tecido empresarial está muito fragilizado e em pior situação económica e financeira", mas considera que os valores anunciados não respondem às necessidades.
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Em comunicado, a AEP lamenta o facto de que "dos 7 mil milhões de euros apenas uma pequena fatia (1160 milhões de euros) se refere a apoios a fundo perdido, os restantes cerca de 6 mil milhões de euros correspondem a um potencial de liquidez que está associado a receita que é flexibilizada, nomeadamente pela alteração no calendário fiscal quer nas obrigações das componentes declarativas quer nas obrigações de pagamentos, que, por essa via, só terá impacto na execução orçamental na ótica de caixa".
Ora, defende a Associação, "é fundamental apoiar de forma mais significativa a economia portuguesa, antecipando as verbas da "bazuca" europeia.
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Empresários criticam "inflexibilidade" da exigência da manutenção de postos de trabalho
Por outro lado, os empresários alertam para a "persistência de alguma inflexibilidade nas medidas de apoio à economia, nomeadamente quanto ao requisito de exigência da manutenção de postos de trabalho, que as empresas querem cumprir, mas nem sempre a dinâmica do mercado lhes permitirá alcançar tal objetivo".
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A AEP realça a prorrogação, até nove meses, dos períodos de carência de capital das operações de crédito contratadas desde o início da pandemia que beneficiam de garantia mútua, mas apela para a necessidade de assegurar o prolongamento desta e de outras medidas, nomeadamente as moratórias de crédito, enquanto os efeitos da pandemia perdurarem.
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