Mineradora Vulcan vai despedir mais de 300 funcionários em Moçambique

"O processo de despedimento prevê, numa primeira fase, que sejam abrangidos 350 trabalhadores de diversas categoriais profissionais", lê-se numa circular do comité sindical da Vulcan.
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Lusa 17 de Abril de 2025 às 13:48

Um total de 350 funcionários da empresa Vulcan, que explora as minas de carvão na província de Tete, centro de Moçambique, serão despedidos este ano, anunciou a mineradora.

"O processo de despedimento prevê, numa primeira fase, que sejam abrangidos 350 trabalhadores de diversas categoriais profissionais", lê-se numa circular do comité sindical da Vulcan, consultada esta quinta-feira pela Lusa.

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Sem avançar a causa das demissões, a Vulcan, de origem indiana, referiu que o número de demissões pode ser ajustado "à medida que os trâmites forem formalmente validados pelas autoridades da Administração do Trabalho". 

"Estima-se que nos próximos dias 105 trabalhadores venham a ser abrangidos por esta medida", acrescenta-se no documento.

A mineradora explora em Moatize uma área de 250 quilómetros quadrados e a comunidade mais próxima das minas está localizada a, pelo menos, 350 metros.

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A empresa privada indiana faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), e antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.

Só nos últimos quatro anos, a Vulcan produziu anualmente mais de 35 milhões toneladas de carvão nas suas minas em Moatize, uma operação comprada, em abril de 2022, à brasileira Vale por mais de 270 milhões de dólares (257 milhões de euros).

Em maio, o presidente da Vulcan avançou à Lusa que esperava atingir entre 50 e 52 milhões de toneladas em 2024 e estar entre os maiores produtores mundiais.

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A Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário da Vulcan.

 

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