Nem os pinguins escapam. Tarifas de Trump chegam a ilhas despovoadas

No Oceano Índico subantártico, há duas ilhas - Heard e McDonald - em que vivem apenas focas, pinguins e outras aves. Mais acima, na Noruega, a ilha vulcânica de Jan Mayen. Em nenhuma há registo de habitantes, mas Donald Trump não as poupou das tarifas recíprocas.
Peter Macdiarmid
Bárbara Cardoso 03 de Abril de 2025 às 17:29

O Presidente dos EUA anunciou esta quarta-feira tarifas recíprocas de 10% a países e territórios por todo o mundo - literalmente. Na lista de visados de Donald Trump estão incluídas, pelo menos, três ilhas desabitadas.

PUB

No Oceano Índico subantártico, as ilhas de Heard e McDonald são um território remoto australiano, considerado Património Mundial da Unesco. Com uma paisagem predominantemente árida, as regiões estão cobertas por vulcões ainda ativos onde vivem apenas focas, pinguins e outras aves. 

PUB

Aliás, é preciso uma permissão para visitar estas ilhas, que ficam a mais de 3.000 quilómetros de Perth e a viagem até lá, da Austrália Ocidental, pode demorar duas semanas.

PUB

Mesmo não tendo habitantes, as ilhas não escaparam à "lista negra" de Trump, que a Casa Branca justificou com o facto de fazerem parte de território australiano. À Austrália continental foi igualmente aplicada uma taxa de 10%.

E não são as únicas. Outra região sem população humana permanente e que consta na lista de Trump é a ilha vulcânica de Jan Mayen, no Oceano Ártico. Designada em conjunto com Svalbard - um arquipélago habitado por ursos polares e uma pequena população a cerca 933 quilómetros ao norte de Tromsø, na Noruega -, a região foi alvo de uma tarifa de 15%.

PUB
Pub
Pub
Pub