Passos pede desculpa mas recusa que tenha usado suicídios como arma política
Pedro Passos Coelho pediu desculpa por ter referido que houve suicídios por falta de apoio aos afectados pelo incêndio que devastou Pedrogão Grande na semana passada, e que vitimou fatalmente 64 pessoas.
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"Peço desculpa por ter usado um dado que não estava confirmado", declarou o presidente do Partido Social Democrata aos jornalistas, em declarações transmitidas pela TVI24.
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Ao início desta tarde, Pedro Passos Coelho afirmou que o Estado falhou no socorro às vítimas de Pedrogão Grande, acrescentando que tinha "tomado conhecimento" de pessoas que "puseram termo à vida" por falta de apoio psicológico.
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Ao início da noite, depois de a informação ter sido desmentida por várias fontes, o líder do PSD pediu desculpa. "Não tenho nenhuma dificuldade em pedir desculpa por ter usado uma informação que não estava confirmada".
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O provedor da Santa Casa de Pedrogão Grande admitiu ter induzido Pedro Passos Coelho em erro ao transmitir a ideia de suicídios, que não se confirmaram. Mas o líder social-democrata defende que logo quando fez a declaração foi advertido por um membro da sua comitiva, que estava a visitar Castanheira de Pêra de que não era uma informação segura. "A responsabilidade por tê-la utilizado coube-me apenas a mim, não a qualquer outra pessoa", frisou.
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Não é arma política
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Questionado pelos jornalistas se a referência a um alegado suicídio, mesmo que tivesse ocorrido, era aceitável politicamente, Passos Coelho rejeitou que houvesse qualquer uso político.
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"Não há arma de arremesso político nenhuma. Há é uma situação a que é preciso responder", afirmou. De qualquer forma, não quis fazer considerações adicionais sobre as acusações de aproveitamento político.
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De qualquer forma, apesar das desculpas, Passos Coelho defende que o "essencial" da observação que fez prende-se com a "confirmação clara de que o Estado falhou". Segundo o presidente do PSD, o Estado não está a criar os mecanismos que deveria para solucionar os problemas das vítimas do incêndio, lembrando o que ocorreu com a queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001.
(Notícia actualizada às 19:40)
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