Portas: "Vejo debates quinzenais em todos os parlamentos democráticos"
Paulo Portas acusa o Partido Socialista de falta de cordialidade democrática, reitera que vai lutar pela maioria e não arrisca "revogar" a resposta à pergunta sobre se esta é a última vez que se candidata às legislativas, referindo-se ao episódio do Verão de 2013, em que acabou por retirar a sua demissão. As afirmações do líder do CDS tiveram lugar na entrevista desta quinta-feira, 3 de Setembro, conduzida pela TVI. Paulo Portas não deixou escapar a oportunidade de abordar a sua ausência dos debates televisivos dos candidatos às eleições legislativas e acusou o PS de ter vetado a sua participação. "Eu acho que isto não é um acto isolado. Creio que ouvi António Costa dizer na Quadratura do Círculo que o debate quinzenal era uma estupidez. Como é que ele acha que se fiscaliza um primeiro-ministro? Há aqui uns sinais de arrogância (...) dizer que os debates com o primeiro-ministro são uma estupidez não acho que seja a maior cordialidade democrática". O líder do CDS-PP sustentou ainda que vê debates quinzenais em todos os parlamentos democráticos.
PUB
Paulo Portas não deixou escapar a oportunidade de abordar a sua ausência dos debates televisivos dos candidatos às eleições legislativas e acusou o PS de ter vetado a sua participação. "Eu acho que isto não é um acto isolado. Creio que ouvi António Costa dizer na Quadratura do Círculo que o debate quinzenal era uma estupidez. Como é que ele acha que se fiscaliza um primeiro-ministro? Há aqui uns sinais de arrogância (...) dizer que os debates com o primeiro-ministro são uma estupidez não acho que seja a maior cordialidade democrática". O líder do CDS-PP sustentou ainda que vê debates quinzenais em todos os parlamentos democráticos.
Sobre o papel de Portugal na Europa, Portas falou de propostas "que visam dividir a Europa" e "não colocam Portugal na primeira divisão, mas numa posição de periferia política" defendendo que a questão mais urgente neste momento é resolver a crise de refugiados.
PUB
O líder do CDS-PP recusou comentar as polémicas declarações do primeiro-ministro britânico, David Cameron, citadas pelo jornalista da TVI, que abordou a questão dos refugiados como "uma praga" e elogiou a posição da chanceler alemã.
"Até agora, quem mais se aproximou de honrar aquilo que é o humanismo cristão e o humanismo laico que fazem os valores da Europa foi a chanceler Merkel quando disse que não iria repatriar nenhum refugiado de guerra da Síria". "A Europa ou é o que são os seus valores ou não é nada". "É preciso tomar uma posição com muita clareza e nitidez, particularmente porque o Ocidente não está isento de responsabilidades com que se passou na Síria", alertou. O vice-primeiro-ministro apelou à tradição de acolhimento do país.
PUB
"Quando o problema das migrações e dos refugiados estava em Espanha, em Itália e na Grécia, muita gente no norte da Europa tratava o problema como se fosse uma questão daqueles países. Isto não é um problema da fronteira sul, é um problema da fronteira externa da Europa. Tratam-se de pessoas que estão a fugir à morte e a uma guerra que é um genocídio múltiplo".
O actual vice-primeiro-ministro defendeu também a necessidade de um Governo maioritário e apelou ao voto da classe média e dos indecisos afirmando que Portugal "não pode deitar fora os sacrifícios que fez".
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Paulo Portas Partido Socialista CDS PS António Costa Governo Portugal Europa CDS-PP David Cameron TVI chanceler Merkel Síria Espanha Itália Grécia política migrações partidos e movimentosMais lidas
O Negócios recomenda