Portugueses "libertam-se dos impostos" este domingo

O "Dia da Libertação dos Impostos" vai neste ano ser celebrado cinco dias mais tarde. Até 3 de Junho, o trabalhador médio angariarou apenas o rendimento necessário para saldar as obrigações fiscais.
Eva Gaspar 03 de Junho de 2012 às 10:00

Estes resultados tinham sido avançados pela Fundação para a Reforma Europeia, um “think thank” ligado à família política conservadora e reformista no Parlamento Europeu, com base em dados fornecidos pela Ernst&Young, no dia 21 de Maio.

Na última sexta-feira foi a vez da Universidade Nova apresentar os resultados de um estudo semelhante, onde se conclui que os portugueses trabalham cada vez mais dias para se libertarem de impostos. Segundo a Lusa, em 2000, o que os portugueses ganharam, em média, até 8 de Maio foi para impostos. Dez anos depois, tiveram de trabalhar mais cinco dias para cumprir as obrigações fiscais, segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa.

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O professor António Pinto Barbosa, que coordenou o estudo da Universidade Nova de Lisboa, explicou à Lusa que "os dois estudos não são exactamente comparáveis", uma vez que assentam em critérios diferentes, explicando que o estudo que coordenou é "mais abrangente" do que o da Fundação para a Reforma Europeia.

O estudo divulgado a 21 de Maio pela Fundação revelava que na comparação entre os 27 países da União Europeia, Portugal surge na metade inferior da tabela da carga fiscal, no 9º lugar, logo depois da Grécia, que poderá comemorar a “libertação” dos impostos a 31 de Maio.

A tabela é liderada pela Bélgica que apenas celebrará a 5 de Agosto o seu “Dia da Libertação dos Impostos). Segue-se, com também pelo menos seis meses de trabalho destinado aos impostos, França (26 de Julho), Áustria (16 de Julho), Hungria (13 de Julho) e Alemanha (12 Julho). No outro extremo, está Malta (11 Abril), Chipre (10 de Maio) e Irlanda (11 de Maio).

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