Portugueses trabalham 137 dias para pagar impostos de 2006
A cada ano que passa os portugueses têm de trabalhar mais para pagar impostos. De acordo com um estudo realizado pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa em parceria com a Associação Industrial Portuguesa (AIP) em 2006 são necessários 137 dias de trabalho para pagar impostos, ou seja, mais três dias que no ano passado, sendo hoje o primeiro dia livre de impostos.
Segundo noticia hoje o «Correio da Manhã», face a 2000 o aumento do esforço fiscal é ainda mais notório, uma vez que nesse ano foram necessários 127 dias de trabalho para pagar os compromissos fiscais.
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Até final de Abril passado, o Estado já arrecadou 680 milhões de euros a mais que o previsto em impostos.
Curiosamente o aumento de impostos não tem atenuado o défice das Finanças Públicas que tem continuado a agravar-se apesar da pressão fiscal cada vez maior sobre os contribuintes.
Desde 2001, a carga fiscal não tem parado de aumentar e prova disso é que a cada ano são necessários mais dias de trabalho até ao Dia da Libertação dos Impostos.
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Quer isto dizer que se os portugueses só começassem a levar para casa o ordenado depois de pagarem os seus impostos, hoje seria o primeiro dia do ano em que receberiam o respectivo salário.
De acordo com os dados ontem revelados pelo gabinete de estatística da Comissão Europeia, o Eurostat, a carga fiscal global portuguesa representava 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004. Nesse ano a carga fiscal portuguesa ainda estava abaixo da média da União Europeia que é de 39,3%.
O Estado-membro com maior carga fiscal global é a Suécia (50,5 %) e aquele onde se pagam menos impostos é na Lituânia (28,4 %). O Eurostat sublinha que apesar de um amplo consenso sobre a necessidade de diminuir a carga fiscal, a redução foi diminuta e a média na União Europeia continua elevada face ao resto do mundo.
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