Presunto espanhol não entra na Argentina (Correcção)
O secretário de Estado do Comércio, Guillermo Moreno, firmou hoje um acordo com os produtores argentinos de carne de porco para limitar as importações, sob a condição da indústria argentina aumentar a sua oferta.
PUB
A Associação Argentina de Produtores de Porco comprometeu-se a comprar menos 20% do que no ano passado em produtos ligados ao porco, como pernil fatiado ou toucinho, e ainda a não importar carne de ossos de porco ou tripas (usadas nos enchidos) nem produtos terminados, como o presunto serrano espanhol.
Por outro lado, têm de exportar o equivalente ao que importarem.
Espanha faz contas. Segundo o "El Mundo", a Argentina importou, no ano passado, 274 toneladas de presunto espanhol, com um valor de cerca de 1,8 milhões de euros. Espanha foi o principal exportador deste produto, seguindo-se o Brasil e Itália.
PUB
Este acordo vem na linha dos objectivos do governo de Kirchner de limitar as importações. Já em 2010, o secretário de Estado do comércio quis limitar as importações de produtos que tivessem produções na Argentina. E afirmava: "palmitos sim, presunto não". Esta é, no entanto, mais uma medida proteccionista daquela economia latino-americana.
Se no presunto, o prejuízo é espanhol, no pernil fatiado e no toucinho é o Brasil o mais afectado. O governo brasileiro tem protestado contra o que considera serem medidas proteccionistas, contrárias ao espírito do Mercosul.
(Corrige o valor das importações de presunto de Espanha para a Argentina)
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda