Visão externa sobre Portugal mudou radicalmente e é positiva
"Eu estive aqui [em Davos] o ano passado e estive aqui este ano e as perguntas mudaram radicalmente. Enquanto no ano passado havia dúvidas, apreensão e algumas questões sobre estar a haver um arrefecimento económico, este ano de facto há uma visão completamente positiva sobre Portugal", disse Manuel Caldeira Cabral em entrevista à agência Lusa, no balanço da participação portuguesa no Fórum Económico Mundial, que termina hoje na cidade suíça de Davos.
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De acordo com o ministro da Economia "há uma confiança grande no trabalho que foi feito nas contas públicas, mas há também uma visão mais positiva das perspectivas de crescimento do país com os dados que temos das exportações, do turismo, do emprego".
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Caldeira Cabral destacou ainda a mudança de clima em Davos com questões mundiais como o Brexit, Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e as várias eleições que vão ocorrer na Europa, sendo evidente a visão que Portugal "apresenta uma solução governativa estável e é um país aberto".
"Essa mensagem foi a mensagem que passámos, mas que aparecia no tipo de perguntas que era feito, na curiosidade que alguns investidores demonstravam e isso de facto é muito diferente do clima que encontrámos o ano passado, que ainda era um clima em que de Portugal falava-se principalmente ainda do ajustamento, da crise", recordou.
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Na opinião do ministro, Portugal veio "a Davos num momento muito bom" e "numa altura muito positiva para a economia portuguesa", tendo estado o Governo representado nesta cimeira ainda pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
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Na quinta-feira, em entrevista à agência Lusa, António Costa tinha revelado que na reunião bilateral que manteve com a diretora-geral do FMI, o Governo recebeu uma mensagem de congratulação pelos resultados obtidos e trabalho desenvolvido.
Caldeira Cabral explicou que ao longo dos dias que esteve neste fórum - que começou na terça-feira e termina hoje -manteve "encontros muito interessantes", que agora terão consequências práticas.
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"Alguns convidámos a vir a Portugal, outros ficámos de enviar dossiês com informação e a outros despertámos o interesse em investir em áreas tão diferentes como o turismo, as empresas de tecnologia ou a área de biotecnologia farmacêutica. Alguns destes encontros que tivemos aqui vão ter já 'follow up' marcado com encontros em Lisboa com investidores que vêm ao nosso país", revelou.
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No entanto, para Caldeira Cabral "há uma outra parte, mais ampla, dos investidores que investem em dívida, no capital das empresas portuguesas", sendo importante ter visibilidade com uma imagem positiva.
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