Habitação social: Os problemas e as soluções

O Governo pediu às câmaras que fizessem um levantamento das carências habitacionais dos seus munícipes e que apresentassem propostas para fazer face às necessidades identificadas. Dos 308 municípios, só um não respondeu e 187 identificaram famílias com necessidades de realojamento. São quase 26 mil famílias a precisar de casa, agrupadas em 2.901 núcleos, a que correspondem 14.748 edifícios e 31.526 fogos, sendo que há um número grande de devolutos, público e privados, que poderiam dar resposta. Os gráficos em baixo dão, por um lado, o retrato da habitação no país e, por outro, apontam as propostas dos municípios para realojar as famílias.

Carências habitacionais: Problema centrado em Lisboa, Porto e Setúbal

A capital concentra 38% das famílias que precisam de nova habitação. No Porto e Setúbal estão 20% e 16%, respectivamente.

Carências habitacionais: Metade vive em barracas ou construções precárias

Quase metade dos casos identificados são barracas. Conjuntos urbanos degradados e bairros sociais também se destacam.

Carências habitacionais: Maioria das famílias vive em casas arrendadas

A maioria das famílias a precisar de casa são inquilinos: 38% têm senhorios do sector privado e 15% do sector público.

Propostas das Câmaras: Câmaras pedem construção de casa para quase sete mil famílias

A construção de novas habitações é a solução mais apontada pelas câmaras (para 6.889 famílias). Segue-se a aquisição de novas habitações (1.576 famílias) e uma pequena variante que é a aquisição e reabilitação (1.158 famílias).