BPI mantém previsão de crescimento de 1% do PIB apesar da queda no 1º trimestre
O BPI manteve, esta sexta-feira, 16 de Maio, as suas estimativas para o crescimento do PIB português. Apesar de, ontem, os dados do Instituto Nacional de Estatística, terem revelado que o PIB voltou a registar uma contracção em cadeia no primeiro trimestre deste ano, o banco confirma a sua previsão que a economia vai crescer 1% em 2014.
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Depois de três trimestres consecutivos de crescimento, o PIB contraiu 0,7% nos primeiros três meses do ano, devido ao comportamento das exportações de bens e serviços, nomeadamente de combustível. O número surpreendeu os analistas, que não contavam com um impacto tão significativo do encerramento da refinaria de Sines.
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Numa nota assinada pela economista-chefe, Paula Carvalho, o BPI, adianta que "a queda trimestral deverá ter sido provocada sobretudo pela queda das exportações de combustível e de automóveis (que se deve, provavelmente, ao ciclo de produção da Autoeuropa, Peugeot PSA – as duas principais fabricantes – e à Galp, que registou um ‘shutdown’ de dois meses)". No entanto, acrescenta, "deverá ser um efeito isolado que será revertido no futuro".
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"A economia portuguesa está numa fase de transição para um modelo impulsionado não só pelas exportações mas também pela recuperação do investimento e pela desejável estabilização do consumo privado", lê-se na nota emitida pelo banco.
Apesar de manter as suas previsões de crescimento para a economia nacional, o banco reconhece que a queda do PIB no primeiro trimestre "salienta os desafios significativos da economia, numa altura em que ainda necessita de ganhar resiliência" até porque "a procura interna ainda enfrenta constrangimentos evidentes".
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Contudo, para os próximos meses, as previsões são mais optimistas. "Nos próximos trimestres, esperamos o regresso ao crescimento trimestral do PIB com a normalização da actividade exportadora (nomeadamente do combustível). Além disso, antecipamos uma melhoria gradual do investimento", antecipa a economista-chefe.
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Neste sentido, o banco confirma as suas previsões anteriores e garante que "estamos confortáveis com a nossa previsão de crescimento anual de 1% do PIB, em 2014". Ainda assim, considera "demasiado optimistas" as previsões oficiais que apontam para um crescimento continuado de mais de 5% das exportações.
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