Desigualdade de rendimento em Portugal atinge mínimo de 1995, mas está acima da média europeia

Os dados do Eurostat mostram que a desigualdade de rendimento em Portugal está no nível mais baixo desde o início da série estatística (1995), mas continua acima da média europeia.
Reuters
Tiago Varzim 18 de Julho de 2019 às 10:31

A diferença entre os 20% da população com mais rendimento e os 20% com menos rendimento baixou para um mínimo de, pelo menos, 23 anos em Portugal. Ainda assim, o rácio é superior à média europeia, segundo os dados divulgados esta quinta-feira, 18 de julho, pelo Eurostat.

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Em Portugal, a desigualdade de rendimento baixou dos 5,7 em 2017 para os 5,22 em 2018. Isto significa que os 20% com mais rendimento ganhou 5,22 vezes mais do que os 20% com menos rendimento. 

Os dados do Eurostat não permitem perceber o que causou esta redução da desigualdade de rendimento: se uma redução do rendimento no topo ou uma subida do rendimento na base, ou ambas. Porém, esta evolução deverá ser explicada pelo aumento do salário mínimo nos últimos anos. 

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The income quintile share ratio* in the EU is 5.2

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How about your country?

* the ratio of total income received by the 20% of the population with the highest income to that received by the 20% of the population with the lowest income

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"A forma como o rendimento e a riqueza são distribuídos pela sociedade determina até que ponto os indivíduos têm acesso igual aos bens e serviços produzidos pela economia nacional", explica o gabinete de estatística europeu. 

Um indicador "importante" da distribuição do rendimento é este rácio entre o rendimento total recebido por 20% da população com mais rendimento e o rendimento recebido por 20% da população com menos rendimento. 

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Entre os 28 Estados-membros, a República Checa e a Eslovénia são os dois países com a menor desigualdade de rendimento (3,4). Seguem-se a Finlândia (3,5), a Eslováquia (3,5) e a Bélgica (3,8).

Já a maior desigualdade de rendimento encontra-se na Bulgária onde o rendimento do quintil superior é 8,2 vezes superior do quintil mais baixo. Segue-se a Lituânia (7,3), a Espanha (6,6), a Roménia (6,5), a Letónia (6,3) e a Grécia (6,1).

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