Draghi: "Há flexibilidade para apoiar a procura"

O presidente do Banco Central Europeu tentou esclarecer os comentários feitos em Jackson Hole. Sublinhou a necessidade de não desperdiçar a consolidação orçamental realizada, mas voltou a referir que há flexibilidade nas regras.
mario draghi BCE
Bloomberg
Nuno Aguiar 04 de Setembro de 2014 às 15:19

"O Pacto [de Estabilidade e Crescimento] funciona como âncora de confiança e a flexibilidade existente nas regras permite que os custos orçamentais de grandes reformas estruturais sejam suportados e a procura apoiada", afirmou Mario Draghi, durante a conferência de imprensa do Banco Central Europeu realizada esta quinta-feira, 4 de Setembro. "Existe também margem para atingir uma composição das medidas orçamentais mais amiga do crescimento."

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As declarações do presidente do BCE em Jackson Hole provocaram uma discussão sobre uma possível viragem da posição de Draghi acerca dos esforços de austeridade, com referência à necessidade de estimular a procura e de uma política orçamental que apoie a retoma, que se afasta da visão central de Berlim sobre a resolução da crise da Zona Euro. Chegou a ser noticiado – e depois desmentido – que Merkel telefonou a Draghi para pedir explicações por esses comentários.

 

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Na conferência de imprensa de hoje Draghi tentou clarificar o que quis dizer em Jackson Hole, sublinhando que "os países da Zona Euro não devem desperdiçar os progressos feitos na consolidação orçamental e devem actuar em linha com o Pacto de Estabilidade e Crescimento".

 

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O presidente do BCE concentrou-se especialmente na necessidade de mais reformas estruturais. Apesar de alguns Estados-membros terem já dado "passos importantes", outros precisam ainda de as implementar. "Estes esforços precisam de ganhar ímpeto para atingir um crescimento sustentável e emprego mais elevados. Reformas estruturais no mercado de trabalho e do produto, bem como medidas para melhorar o ambiente de negócio, são necessárias", acrescentou.

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