Exportações de bens diminuem 0,1% no terceiro trimestre. Importações sobem 5,2%

Estimativa rápida do INE revela que, pelo segundo trimestre consecutivo, as vendas de mercadorias ao exterior recuaram. Importações mantiveram uma trajetória ascendente, agravando o défice comercial.
Exportações portuguesas de bens diminuíram pelo segundo trimestre consecutivo.
Paulo Duarte
Joana Almeida 11:07

As exportações portuguesas de bens diminuíram ligeiramente 0,1%, em termos homólogos, no terceiro trimestre, segundo a  do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta terça-feira. Este foi o segundo trimestre consecutivo em que as exportações recuaram. Em sentido contrário, as importações de bens cresceram 5,2%, agravando o défice comercial português.

Em comparação com o trimestre anterior, observou-se uma ligeira melhoria da evolução das exportações, em termos nominais (que não descontam os efeitos da inflação, que tem estado a puxar as exportações para baixo devido à descida dos preços dos bens exportados). Porém, essa melhoria não foi suficiente para colocar as exportações em terreno positivo. A nova queda prolonga, assim, o .

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Já as importações aumentaram pelo sexto trimestre consecutivo, embora em ligeiro abrandamento face ao trimestre anterior. Entre abril e junho, a variação homóloga das compras de bens de Portugal ao exterior foi de 6,4%.  

Sem contar com as transações sem transferência de propriedade (ou seja, com vista ou na sequência de trabalhos por encomenda, com vista ao processamento ou transformação de bens pertencentes a outros países), a variação das exportações "foi nula", nota o INE. Já o crescimento das importações, sem contar com este tipo de trabalhos, foi "menos expressivo" face ao total registado em bens comprados (3%).

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Desta forma, quando são excluídas as transações sem transferência de propriedade, "as importações evidenciam uma aceleração do seu crescimento" face ao trimestre anterior, ao contrário do que acontece quando são consideradas todas as importações. Entre abril e junho, as importações sem transferência de propriedade tinham aumentado, em termos homólogos, 2,1%.

Evolução da variação homóloga das exportações e importações por trimestre.
INE
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Os dados relativos ao mês de setembro só vão ser conhecidos no próximo dia 10 de novembro. Nos dois meses anteriores, a tendência era já de decréscimo nas vendas de mercadorias ao exterior. , em termos homólogos, após uma . Em sentido contrário, as importações aumentaram tanto em julho (2,8%) como em agosto (3,1%).

Uma vez que as importações estão a crescer a um ritmo superior ao das exportações, é de esperar que Portugal registe um novo agravamento do défice comercial no terceiro trimestre. Em agosto, o , refletindo um agravamento de 313 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior.

(notícia atualizada às 11:28)

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