Exportações travam a fundo em 2018. Défice comercial dispara
As exportações de bens aumentaram 5,3% em 2018, travando face ao ano anterior. As importações de bens aumentaram a um ritmo superior (+8%), engordando o défice comercial em 2,7 mil milhões de euros. Os dados foram publicados esta sexta-feira, 8 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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"No conjunto do ano de 2018 as exportações e as importações de bens aumentaram respetivamente 5,3% e 8% (+10,0% e +13,1% em 2017), tendo o défice da balança comercial de bens aumentado 2.670 milhões de euros", adianta o gabinete de estatísticas no destaque divulgado hoje, assinalando que "excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações cresceram respetivamente 5,5% e 7,6% em 2018 (+8,9% e +11,4% em 2017)".
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Esta evolução das vendas e compras ao exterior de bens levou o défice comercial a disparar 18% face a 2017 e a atingir um máximo de 2010. Ao todo, a diferença entre as exportações e as importações de bens foi de 17,1 mil milhões de euros. É preciso recuar oito anos para encontrar um valor superior (21,3 mil milhões de euros em 2010).
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Recorde-se que estes dados não estão deflacionados, ou seja, não descontam o efeito da variação dos preços dos bens. Além disso, estes dados referem-se apenas ao comércio internacional de bens, do qual ficam excluídos os serviços (onde se inclui o excedente comercial do turismo).
Exportações recuperam em dezembro
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Depois da queda das exportações devido à greve dos estivadores em novembro, as vendas ao exterior voltaram a acelerar. Considerando apenas o mês de dezembro, o INE revela que as exportações subiram 7,3%.
O que prejudicou novembro beneficiou dezembro. O atraso das vendas de carros ao exterior resolveu-se em dezembro, tendo as exportações de material de transporte - "maioritariamente de automóveis para transporte de passageiros" - aumentado 26,8% face ao mês homólogo.
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O mesmo aconteceu do lado das compras ao exterior. "As importações aumentaram 7,5% com o material de transporte a registar um aumento de 22%, em resultado principalmente da aquisição de outro material de transporte e Partes, peças separadas e acessórios (maioritariamente aviões e suas partes)", adianta o gabinete de estatísticas.
No entanto, também houve um efeito de calendário nesta comparação com dezembro de 2017 uma vez que o último mês do ano passado teve mais dois dias úteis.
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(Notícia atualizado pela última vez 11h34)
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