Importações crescem mais do dobro das exportações no primeiro trimestre
As exportações de bens aumentaram 2,7% no primeiro trimestre deste ano, um crescimento que representa menos de metade do registado pelas importações (6,3%), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
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Este resultado ficou a dever-se sobretudo ao desempenho negativo das vendas de mercadorias ao exterior no mês de Março, já que estas recuaram 5,7% face ao período homólogo, anulando a subida de 5,8% em Fevereiro. As importações também travaram, mas de forma menos intensa. Subiram 0,1% em Março, depois de terem aumentado 8,1% em Fevereiro.
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No relatório publicado esta quinta-feira, o INE explica que estas evoluções em Março "reflectem, em parte, efeitos de calendário, dado que Março de 2018 teve menos dois dias úteis do que Março de 2017".
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A queda homóloga nas exportações foi a primeira desde Agosto de 2016. Em Março do ano passado as exportações tinham disparado 23,9% para 5.241 milhões de euros, o que representa um dos valores mensais mais elevados de sempre. Em Março deste ano atingiram um volume de 4.944 milhões de euros.
No relatório publicado esta quinta-feira o INE diz que a queda nas exportações em Março ficou a dever-se sobretudo à descida de 19,3% nas vendas para países fora da União Europeia.
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O INE destaca as descidas nas exportações em Março para os Estados Unidos -(20,6%) e Angola (-27,7%), sendo que entre os principais destinos apenas subiram na Alemanha (+0,9%).
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Défice aumenta
Analisando todo o primeiro trimestre, é notório o abrandamento das exportações face a 2017, já que no primeiro trimestre do ano passado tinham crescido 5,4%. O crescimento trimestral é o mais reduzido desde os três meses terminados em Outubro de 2016.
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Já as importações aumentaram a um ritmo semelhante (6,2% nos primeiros três meses do ano passado).
O défice da balança comercial de bens agravou-se para 1.207 milhões de euros em Março de 2018, o que segundo o INE representa um acréscimo de 306 milhões de euros face ao mês homólogo de 2017. "Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 915 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 231 milhões de euros em relação a Março de 2017", refere o instituto.
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(Notícia actualizada às 11:33 com mais informação)
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