Preços caíram 0,2% em Fevereiro face a 2014

A taxa de inflação homóloga em Portugal foi de -0,21% em Fevereiro, o que representa uma subida face aos -0,36% de Dezembro e -0,39% de Dezembro. Deste Fevereiro de 2014, a variação homóloga mensal do índice de preços pagos pelos consumidores só não foi negativa em dois meses (estagnou em Outubro e Novembro).

 

Na análise por classes de bens, e entre as que registaram quedas de preços, o INE destaca o contributo dos transportes "com uma variação homóloga de -2,8% (-4,2% no mês anterior), influenciada em grande medida pelo sub-subgrupo dos combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal" e escreve que "são ainda de referir os contributos negativos das classes do Vestuário e Calçado, com uma variação homóloga de -1,8% (-1,5 em Janeiro) e do Lazer, recreação e cultura, com uma variação homóloga de -1,5% em Fevereiro (-1,3% no mês anterior)".

 

Do lado dos bens e serviços com aumentos de preços face a Fevereiro de 2014, o instituto de estatística aponta para os "Restaurantes e hotéis, com uma variação homóloga de 1,8% (0,5 pontos percentuais superior à do mês anterior), seguida da classe das Bebidas alcoólicas e tabaco, com uma variação homóloga de 3,2% (3,1% no mês anterior)".

 

Nos números publicados quarta-feira, dia 11 de Março, o INE explica ainda que em Fevereiro os preços também caíram face ao mês anterior: -0,1% justificados principalmente pelos saldos no vestuário que se registam neste mês, e que a inflação média do ano terminado em Fevereiro estabilizou nos -0,3% de Janeiro.

 

Produtos energéticos decisivos

A queda de preços em Portugal nos últimos meses resulta da falta de dinamismo da economia, mas também da queda dos preços dos bens energéticos, que é por sua vez o espelho do afundanço do preço do petróleo especialmente na segunda metade do ano. A energia explica quer o facto da inflação negativa, quer o faceto de este mês ter sido menos negativa que em Janeiro, evidencia o INE.

 

"O indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) apresentou uma taxa de variação homóloga de 0,3% (resultado igual ao do mês anterior)", lê-se na análise, que acrescenta que "em Fevereiro de 2015, a taxa de variação homóloga do índice de Preços no consumidor (IPC) situou-se em -0,2%, taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior".  "A variação menos negativa do IPC em Fevereiro, comparativamente com Janeiro, foi determinada pelo índice relativo aos produtos energéticos, que passou de uma taxa de variação de -8,0% em Janeiro para -5,6% em Fevereiro".