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Casalinho: Economia portuguesa está mais preparada para "enfrentar próxima onda de abrandamento"

A presidente do IGCP considera que a economia portuguesa continua a "apresentar debilidades económicas", mas destaca que está agora "mais habilitada para enfrentar a próxima onda de abrandamento económico".

Cristina Casalinho
Cristina Casalinho
01 de Março de 2019 às 10:40

A economia portuguesa cresceu 2,1% em 2018 e continua a "revelar uma evolução económica mais dinâmica que o conjunto da área do euro", embora também persistam "debilidades económicas", diz a presidente do IGCP no artigo de opinião publicado esta sexta-feira no Negócios.

Cristina Casalinho identifica o "elevado nível de endividamento dos setores público e privado" como o "ponto fraco da economia portuguesa", embora assinala os progressos de "relevo" registados neste âmbito.

Segundo os dados relatados pela presidente do instituto que gere a dívida do estado português, "entre o máximo histórico e os níveis atuais, o endividamento do setor privado reduziu-se em cerca de 66 pontos percentuais do PIB". Para Cristina Casalinho, "os avanços no setor empresarial privado são ainda mais notáveis: queda de 180,6% para 134,5% do PIB, situando-se num patamar inferior à média da área do euro (136,7%)".

Esta evolução positiva é um dos factos que leva a presidente do IGCP a mostrar-se mais confiante com a capacidade da economia portuguesa lidar com a próxima fase de abrandamento da economia global.

"Na medida em que as variáveis da procura que mais crescem são o investimento e as exportações (…), que o investimento tem sido promovido essencialmente pela melhoria de rendibilidade das empresas nacionais e capacidade de orientação de lucros para financiamento de expansão de atividade, que a dependência do crédito e o peso do serviço da dívida foram aliviados, e que o grau de exposição ou sujeição a poupanças externas encolheu, a economia portuguesa está mais habilitada para enfrentar a próxima onda de abrandamento económico", diz Cristina Casalinho, concluindo que "este será um teste ao presente modelo económico interessante de seguir".  

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