Inflação desacelera para 2,2% em novembro. Preço dos alimentos volta a abrandar
Estimativa rápida do INE revela que a variação homóloga da taxa de inflação terá abrandado uma décima em novembro, prolongando a tendência dos últimos dois meses. Índice relativo aos alimentos terá registado um novo alívio após meses de subidas a pique desde o início do ano.
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A taxa de inflação terá desacelerado, em termos homólogos, para 2,2% em novembro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. Este é o terceiro mês consecutivo de alívio nos preços de venda ao consumidor, explicado sobretudo pelo abrandamento da inflação nos alimentos, após várias subidas a pique.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá diminuído para 2,2% em novembro de 2025, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se no boletim estatístico divulgado pelo INE.
A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preço (alimentos não transformados e produtos energéticos), acompanhou a tendência do índice geral, tendo registado uma desaceleração de duas décimas para 1,9% em novembro. Isso significa que o alívio nos preços está-se a repercutir também entre os produtos do cabaz de compras com preços mais estáveis (saúde e educação).
No caso dos alimentos não transformados (ou frescos), o INE estima que a taxa de inflação tenha aliviado de 6,1% para 6% em novembro. Esse alívio é especialmente relevante, tendo em conta a forte subida nos preços dos bens alimentares que tem marcado este ano. Em outubro, registou-se o primeiro alívio nos preços dos alimentos frescos, após sete meses de acelerações consecutivas que terminaram com uma estabilização do índice em setembro.
Por outro lado, o índice relativo à energia ter-se-á mantido em valores negativos, o que significa que os preços dos bens energéticos em novembro deste ano estão mais baratos do que em novembro do ano passado. Ainda assim, a queda homóloga observada na na energia foi inferior à registada no mês anterior, tendo passado de -1,2% em outubro para -0,9%.
Em comparação com outubro, a variação do IPC terá sido -0,3%, após ter sido "nula em outubro". O INE estima que a variação média nos últimos doze meses se tenha fixado em 2,4%, um "valor idêntico" ao observado no mês anterior.
O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), que permite comparar a evolução dos preços do cabaz de compras em Portugal com a inflação nos restantes países, terá registado também um ligeiro alívio de uma décima para 2,1%.
Os dados definitivos do IPC de novembro de 2025 serão publicados no próximo dia 12 de dezembro.
(Notícia atualizada às 11:24)
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