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Um quarto das famílias perdeu mais de 25% do rendimento. No Algarve é pior

Barómetro da Deco Proteste conclui que o Algarve e a Madeira foram as regiões mais afetadas com a pandemia, com mais de 40% das famílias a dizerem que perderam mais de um quarto do rendimento no ano passado.

Patricia de Melo Moreira
25 de Março de 2021 às 10:58

Mais de metade das famílias declara que perdeu rendimentos no ano passado, com uma em cada quatro famílias portuguesas (27%) a declarar que perdeu 25% ou mais, de acordo com um barómetro da Deco Proteste.

Os dados divulgados esta quinta-feira, 25 de março, revelam que a percentagem de famílias que diz ter perdido mais de um quarto dos rendimentos é superior no Algarve (46%) e na Madeira (41%), seguida do Alentejo (29%) e do Norte (27%).

A percentagem é inferior à média nacional em Lisboa (24%) ou nos Açores (17%).

Voltando ao total nacional, um quarto das famílias (25%) diz ter perdido rendimentos mas com reduções e inferiores a 25%. Menos de metade (48%) diz não ter perdido nada.

Mais de metade em "dificuldades financeiras"

Por outro lado, de metade dos inquiridos (63%) reportam dificuldades financeiras, com as despesas com a manutenção do automóvel e os cuidados dentários a aparecerem no topo das preocupações, e com 6% das famílias a dizerem mesmo que enfrentam uma situação crítica.

No entanto, de acordo com os dados mais detalhados da associação de defesa do consumidor, a percentagem de pessoas que reportam dificuldades financeiras diminuiu face a 2019 em praticamente todas as regiões, com exceção dos Açores.

Num comunicado à imprensa em que destaca que duas em três famílias têm dificuldades em enfrentar a despesa do dia-a-dia, a Deco refere que as "duras decisões políticas sobre a atividade económica, com maior peso em determinados setores, arrastaram milhares de portugueses para um limite da sua capacidade financeira, situação apenas atenuada pelos apoios do Estado como por exemplo as moratórias ou os regimes de lay-off, que colocam o país "ligado à máquina".

A sul, é no Algarve que se regista a maior percentagem de pessoas que admitem dificuldades financeiras (73%), com Faro a aparecer como um dos distritos mais críticos (81%). Os Açores (68%) e a região Centro (65%) surgem depois.

A Norte, 82% das famílias de Vila Real e 79% das famílias de Aveiro dizem estar em dificuldades.

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