"IA é crítica para responder às pesquisas dos consumidores", diz Google Portugal
A IA está a ser transformadora, e está a dar poder aos consumidores. A Google tem usado a tecnologia para alavancar o segmento das pesquisas, que têm sido “cada vez mais complexas”.
A inteligência artificial (IA) tem mudado a forma como os consumidores lidam com a tecnologia. Mas a própria tecnologia também se tem adaptado às exigências dos consumidores. Esta é a visão da Head of Sales da Google Portugal, Joana Bastos dos Santos, numa apresentação da tecnológica, adiantando que os padrões de consumo têm sofrido alterações "profundas" no território nacional.
"Acredito que 2025 foi o ano mais transformador até à data, e mais transformação está a caminho", disse, exemplificando as mudanças que a generalização da IA trouxe à tona. "O comportamento do consumidor alterou-se este ano e a própria página da Google teve de se transformar e adaptar-se ao próprio consumidor", justificou Joana Bastos dos Santos.
Foi a desmistificação e a generalização da IA que ajudaram o consumidor, onde os portugueses estão incluídos, a adaptar as suas pesquisas, a forma como compram e também como consomem a informação. "Estamos a incorporar IA na pesquisa para nos adaptarmos às necessidades. As pesquisas no nosso motor de busca eram, antigamente, baseadas em palavras únicas, enquanto hoje estão muito mais complexas e longas. Estão duas a três vezes maiores".
"A IA é crítica para responder ao novo tipo de perguntas dos consumidores", justifica a Head of Sales, indicando que as pesquisas estão "cada vez mais multimodais, com a utilização de imagens, áudio e vídeo". E a Google tem estado à frente do seu tempo, considerando que o vestido da Versace que Jennifer Lopez usou nos prémios Grammy em 2000 levaram à criação do motor do segmento das imagens no motor de busca.
"Nestes anos, a pesquisa passou de ser algo simples para ser um momento de descoberta e que dá contexto diferente sobre o momento. Também há outra intenção naquilo que é procurado", explica Joana Bastos dos Santos.
Os dados mais recentes do relatório da Google mostram que 76,2% dos utilizadores em Portugal utilizam o motor de busca da tecnológica para pesquisar sobre produtos, serviços ou para efetuar compras online.
Destes, 31% usam o motor de busca para comparar preços e características de produtos, enquanto 29% o fazem para descobrir novos produtos e marcas.
Sobre as novidades para 2026, a responsável não se compromete, mas revela que os agentes de IA serão "a nova fronteira" tecnológica. "Vamos passar de um momento de automação para colaboração", diz, com o Gemini a poder ser um auxílio nesta área.
Um dos exemplos dados por Joana Bastos dos Santos é que os agentes vão ser capazes de fazer compras pelos consumidores, depois de programados para o efeito. “Estão a ser desenvolvidas soluções para acompanhar a decisão de processo de compra. Hoje, os agentes já são capazes de fazer a compra pelo utilizador com base em dados previamente indicados”, sustenta.
Contudo, “as capacidades agentivas ainda estão numa fase embrionária”, mas a garantia da responsável da Google Portugal é que estas “serão transformadoras em 2026”.
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