Covid-19: Maior uso de transportes e maior densidade populacional nas 19 freguesias em calamidade
As 19 freguesias de cinco concelhos - Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra - da Área Metropolitana de Lisboa (AML) que se encontram em estado de calamidade devido à pandemia da covid-19 distinguem-se em vários aspetos do resto da AML, assinala esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Estas 19 freguesias representam 25,9% dos cerca de 2,86 milhões de habitantes da AML, com um total de residentes de 740.911. A situação de calamidade abrange a totalidade dos concelhos da Amadora e de Odivelas, que juntos somam 345.880 habitantes. Somam-se seis das 11 freguesias de Sintra, duas freguesias em Loures e a freguesia de Santa Clara, em Lisboa.
O INE destaca que a proporção de deslocações em transporte público para fora do município ascende a 14% nas freguesias em estado de calamidade, o que mais do que duplica o valor de 6,7% observado no resto do território da AML.
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Outro aspeto que distingue estas 19 freguesias é a densidade populacional que supera em sete vezes a do restante território da AML, cifrando-se em 5.232,1 habitantes por quilómetro quadrado. Por outro lado, são zonas caracterizadas por prédios de apartamentos, com a proporção de edifícios com sete ou mais alojamentos a atingir os 30,6% contra 13,9% no resto da AML.
Também predominam nestas freguesias residentes com menor poder económico, tendo em conta os preços da habitação. O preço das casas para venda neste território é de 1.330 euros por metro quadrado (1.540 euros/m2 no resto da AML) e o valor das rendas também é inferior, cifrando-se em 7,5 euros por metro quadrado (8,4 euros/m2 no resto da AML).
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No entanto, as diferenças no mercado da habitação são bastante influenciadas pelos preços praticados em Lisboa - onde a freguesia de Santa Clara é a mais barata -, bem como nos municípios de Cascais e Oeiras.
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