Portugal comprou centenas de ventiladores que ainda não chegaram aos hospitais
O Estado português comprou cerca de 1.200 ventiladores à China desde o início da pandemia, mas há centenas de equipamentos médicos deste género que já terão chegado ao país mas não aos hospitais a que se destinam.
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A denúncia é feita pela TSF esta segunda-feira, 14 de dezembro, com base no último relatório do primeiro estado de emergência desta segunda vaga de infeções, no qual é indicado que apenas foram distribuídos 797 ventiladores pelos hospitais.
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Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, foram realizados nos últimos nove meses um total de 15 voos de Pequim para Lisboa, contratados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), no qual foram transportados 1.181 ventiladores para o país.
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Já uma auditoria do Tribunal de Contas a 12 contratos, adjudicados em março e abril, contabilizou 1.211 ventiladores, embora nesse caso o Ministério da Saúde, liderado por Marta Temido, assinale que nem todos foram executados "devido a constrangimentos resultantes da forte procura por este equipamento, o que provocou escassez nos mercados".
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Por resolver continua a falta de adaptadores para ligar os ventiladores à rede de oxigénio, que são comprados em separado, o que faz com que 253 dispositivos estejam inoperacionais. "À semelhança do restante equipamento para unidades de cuidados intensivos", justifica a tutela, "também se têm registado dificuldades na aquisição destas peças devido à elevada procura global".
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