“Problema informático” esconde número de infeções nos eventos-piloto
Braga, Coimbra e Lisboa receberam quatro eventos-piloto em abril e maio para que as autoridades políticas e de saúde pudessem testar os procedimentos para iniciativas futuras, como os festivais de verão. No entanto, até agora não há conclusões nem sequer informação sobre eventuais casos de infeção por covid-19 entre os espectadores.
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No final da semana passada, o Governo e a Direção Geral de Saúde (DGS) informaram as associações do setor dos espetáculos que tinha havido um "problema informático" com os dados relativos aos testes realizados no local desses eventos, que foram assegurados pela Cruz Vermelha e que deveriam ser posteriormente monitorizados pela DGS.
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Em declarações ao Público, Álvaro Covões, diretor-geral da promotora Everything is New detalhou que as autoridades de saúde não estão a conseguir "tratar informaticamente" os dados, devido à forma como foram enviados. E que foi pedido aos organizadores para enviarem o número de utente de cada espectador para "tentar complementar" a informação em falta.
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No entanto, o membro da Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE) desabafa que os resultados desses eventos-piloto "de pouco vão servir". "Quando foram planeados era para encontrar soluções para salvar o verão. Mas a partir do momento em que foi anunciado que até 31 de agosto não há festas nem romarias e que os espetáculos são equiparados a casamentos, os eventos-piloto não têm interesse nenhum", resume o gestor, citado pelo Expresso.
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A 9 de junho, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, informou que a entrada em eventos culturais, desportivos ou familiares, como casamentos ou batizados, vai obrigar à realização prévia de testes covid a partir de um número de pessoas presentes, que vai ainda ser determinado pela DGS.
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