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"2025 poderá ser um dos anos mais fracos das exportações da última década", alerta Caldeira Cabral

O antigo ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral fala de um cenário "preocupante, mas não demasiado preocupante" causado pela guerra tarifária com os EUA. Recuo das exportações portuguesas "vai afetar o crescimento do PIB".

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19 de Agosto de 2025 às 13:33

, e em Portugal, apesar de as s. 

Manuel Caldeira Cabral diz que é preciso distinguir os dados dos primeiros três meses do ano para os três meses seguintes. "A evolução do primeiro para o segundo trimestre é de facto bastante preocupante, se continuar", disse em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.

A Alemanha foi o país para onde as exportações mais subiram, quase 32% no semestre, mas mesmo nesse caso, "no primeiro trimestre exportámos mais 29% do que exportamos no segundo trimestre" e isso explica-se com o facto de, no primeiro, "as empresas que puderam antecipar exportações fizeram-no para escapar às tarifas" dos EUA, indica.

O antigo governante diz que as tarifas de 15% aplicadas às exportações da UE para os EUA vieram dar "alguma estabilidade", mas não deixam de ser muito superiores às praticadas anteriormente, em média de 2%. "É uma grande diferença e é uma diferença que já está a impactar no comércio", diz.

Nesse sentido, Caldeira Cabral antecipa que a década "muito boa de crescimento das exportações" esteja a chegar ao fim. "O dinamismo parece estar a baixar. Nesse sentido estamos perante um 2025 que poderá ser um dos anos mais fracos anos de crescimento das exportações desta última década, que foi uma década muito boa. O que é positivo é que provavelmente as exportações de bens e serviços vão continuar a ter um crescimento, mas vão ter provavelmente um crescimento bastante mais baixo do que foi a média desta década (...) isso vai afetar o crescimento do PIB", afirma.

É um cenário que diz ser "preocupante, mas obviamente não demasiado preocupante", estimando que o PIB "vai continuar a crescer, mas vai crescer menos e muito mais próximo do PIB da UE".

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