Passando a AICEP a ter uma "ligação umbilical às empresas e uma rede competente e articulada", Pedro Reis nomeou duas vantagens desta nova filosofia, incluindo a maior abrangência geográfica no apoio às empresas portuguesas no estrangeiro.

"Através da AICEP passam a poder aceder directamente ao dobro dos mercados. A rede diplomática e consular está presente em 80 países e AICEP em apenas 40. Ou seja, há um aumento real de 100% na abrangência geográfica da AICEP", disse esta manhã no Porto.

Em segundo lugar, acrescentou, os embaixadores e diplomatas colocados em postos externos receberão "indicações da AICEP em matéria económica e comercial", passando assim "no terreno a promover" as empresas nacionais.

"A AICEP quer estar onde estão as empresas, quer assumir-se cada vez mais como a voz das empresas junto do governo e dos organismos públicos e não apenas a voz do Governo junto das empresas", assegurou Pedro Reis.

AICEP "fortemente articulada" com Ministério da Economia

Durante uma conferência organizada no Porto pela Associação de Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no Porto, o líder da AICEP destacou o novo "papel público na iniciativa privada" e a nova abordagem na captação investimento estrangeiro.

"A AICEP terá um papel fundamental na articulação da sua rede externa com a rede diplomática e consular e também com a rede do Turismo de Portugal. Os diplomatas portugueses passam a ser um instrumento efectivo ao serviço da dinamização da economia", alertou Pedro Reis.

Lembrando que o novo modelo de diplomacia económica passou a estar sob a alçada dos Negócios Estrangeiros, acrescentou que esta "mudança estratégica da tutela política da AICEP - que asseguro continua fortemente articulada com o Ministério da Economia - reflecte uma política externa moderna, pragmática dinâmica e adaptada às necessidades do País".